Todas as manhãs, é a mesma rotina, correr para a casa de banho que está um gelo em casa, tomar uma banhoca, cruzar-me com o meu pai, vestir-me enquanto vejo as primeiras noticias do dia na RTP, enquanto me visto, bebo um yogurte, dou o nó na gravata, coloco os phones no meu ipod mini, enrrolo o cachecol no pescoço, visto o casaco do fato, e por cima a gabardine.
geralmente 45 minutos depois de correr para a casa de banho, estou a fechar a porta de casa, pronto para 20 minutos de saudavel caminhada até ao trabalho.
durante o meu pequeno passeio diario, o leitor de mp3 regorgita avidamente sons tão dispares como Metallica, Toranja, Xutos & Pontapés, musica cubana, Irlandesa, Black eye peas ou Frank Sinatra.
Um grupo de que gosto muito e que também consta do repertório digital são os cabeças no ar, aqui fica a letra.
Nó da Gravata
Dou mil voltas ao pescoço
Para dar o nó da gravata
Faço o melhor que posso
E ele não ata nem desata.
Dou nó cego à paciência
Quase até ficar K.O.
É triste a nossa aparência
Depender assim dum nó.
Muita água há-de passar
Lá no meu porto de abrigo
Mais depressa hei-de dar
Um nó bem dado contigo
Porque só quem fizer bem
Esse nó tão transcendente
Pode vir a ser alguém
Com um G grande de gente
Dizem-me com insistência
É um disco já riscado
Rapaz para teres decência
Tens de ter nó aprumado
Muita água há-de passar
Lá no meu porto de abrigo
Mais depressa hei-de dar
Um nó bem dado contigo
É porque o nó da gravata
Diz mais do engravatado
Do que um coração que bata
Num peito mal amanhado
Dou mil voltas ao espelho
E o nó sempre mal dado
Sei que vou chegar a velho
Com o nó sempre de lado
Muita água há-de passar
Lá no meu porto de abrigo
Mais depressa hei-de dar
Um nó bem dado contigo
Carlos Tê
até tenho algum jeito para nós, e sinceramente não precisei que ninguém me o ensinasse, aprendi-o a ver o meu pai faze-lo todos os dias…