Crónicas do Sol da meia noite (Tomo VII)

– Dia 6 [Jokkmokk – Kvikkyokk]

um ano depois, e provavelmente com menos detalhes, aqui vou tentar continuar a por no “papel” a minha viagem de verão do ano passado.

Acordamos bem cedinho, enchemos o carro com a trouxa e seguimos para Kvikkyokk, a estrada era sempre plana e seguia junto a diversos lagos de água límpida e clara. por três vezes tivemos de abrandar de forma a deixarmos passar umas renas que se aventuraram a passear no alcatrão.

Chegados a Kvikkyokk, estacionamos o carro, retiramos o não essencial das mochilas e partimos para o cais. Por volta das 9:00 chegou um pequeno barco a motor, éramos 10, explicamos para onde queriamos ir, atiramos as mochilas para a proa e seguimos caminho.

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não saimos exactamente onde queríamos, mas até foi melhor assim. Colocámos as mochilas às costas e seguimos caminho. Deviamos seguir o caminho marcado até atravessarmos a ponte metálica, e de seguida fazer um desvio à direita e subir a serra. O nosso objectivo era passar a tundra e acampar no alto do serra.
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Andar na tundra é muito estranho, à primeira vista, parece terreno normal coberto por verduras diversas, ao colocar o pé, este afunda-se e sentimos que por baixo daquela aparente verdura, correm as águas do degelo.

Fiquei muitíssimo impressionado com a quantidade de insectos esvoaçantes que é possível reunir por aquelas bandas. O meu repelente tabard, simplesmente não funcionava, o que nos valeu foi o Jungle Oil que tínhamos comprado em Jokkmokk e que esse sim era eficaz.

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Almoçamos pelo caminho, junto a umas quedas de água provenientes do degelo. Por volta das 15h chegamos a um planalto, com uma vista fantástica!!!

O António que ia à frente, ainda chegou a ver um alce, mas quando chegamos, já se tinha pisgado.
Sentámos-nos, dormitámos um pouco, fizemos um chá, e decidimos, o que fazer. Iríamos pernoitar naquele lugar, mas só montaríamos a tenda mais tarde (afinal de contas o sol só se punha lá para as 23:00, mas a claridade não vai embora)

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O objectivo agora era tentar subir ao ponto mais alto ali das redondezas. Pela carta seriam uns 3Km no máximo, mas a variação de algumas centenas de metros.

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O caminho era bem mais longo do que parecia à primeira vista, depois de 1h30 a andar, resolvi conferenciar regressar à base e montar a tenda. Os outros 3 seguiram para o topo.

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Para baixo todos os santos ajudam… eheheh… mas mal o sol se escondeu por detrás da montanha mais alta a temperatura começou a descer virtiginosamente. Quando os deixei estavam 18ºC e eu de t-shirt e gore-tex. Quando cheguei ao local onde tinha-mos deixado as mochilas o meu telemóvel marcava 3ºC. As minhas mãos estavam geladas… e montar a tenda sozinho foi obra. Depois disto e como já os via a regressar. Preparei o jantar (pasta liofilisada) na trangia soube a pato!!!

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continuava de dia, mas o frio era tanto que mal acabamos de comer, saltamos para dentro da tenda, onde até nem se estava nada mal.

(a ver se não demoro outro ano a escrever novo post)

This entry was posted on Monday, September 3rd, 2007 at 2:45 pm and is filed under Nórdicos, Viagens. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

One Response to “Crónicas do Sol da meia noite (Tomo VII)”

  1. hugo Says:

    nossa ao andar é muito estranho;mas vc pega o jeito depois é so caminhar

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