– Dia 6 [Jokkmokk – Kvikkyokk]
um ano depois, e provavelmente com menos detalhes, aqui vou tentar continuar a por no “papel” a minha viagem de verão do ano passado.
Acordamos bem cedinho, enchemos o carro com a trouxa e seguimos para Kvikkyokk, a estrada era sempre plana e seguia junto a diversos lagos de água límpida e clara. por três vezes tivemos de abrandar de forma a deixarmos passar umas renas que se aventuraram a passear no alcatrão.
Chegados a Kvikkyokk, estacionamos o carro, retiramos o não essencial das mochilas e partimos para o cais. Por volta das 9:00 chegou um pequeno barco a motor, éramos 10, explicamos para onde queriamos ir, atiramos as mochilas para a proa e seguimos caminho.
não saimos exactamente onde queríamos, mas até foi melhor assim. Colocámos as mochilas às costas e seguimos caminho. Deviamos seguir o caminho marcado até atravessarmos a ponte metálica, e de seguida fazer um desvio à direita e subir a serra. O nosso objectivo era passar a tundra e acampar no alto do serra.
Andar na tundra é muito estranho, à primeira vista, parece terreno normal coberto por verduras diversas, ao colocar o pé, este afunda-se e sentimos que por baixo daquela aparente verdura, correm as águas do degelo.
Fiquei muitíssimo impressionado com a quantidade de insectos esvoaçantes que é possível reunir por aquelas bandas. O meu repelente tabard, simplesmente não funcionava, o que nos valeu foi o Jungle Oil que tínhamos comprado em Jokkmokk e que esse sim era eficaz.
Almoçamos pelo caminho, junto a umas quedas de água provenientes do degelo. Por volta das 15h chegamos a um planalto, com uma vista fantástica!!!
O António que ia à frente, ainda chegou a ver um alce, mas quando chegamos, já se tinha pisgado.
Sentámos-nos, dormitámos um pouco, fizemos um chá, e decidimos, o que fazer. Iríamos pernoitar naquele lugar, mas só montaríamos a tenda mais tarde (afinal de contas o sol só se punha lá para as 23:00, mas a claridade não vai embora)
O objectivo agora era tentar subir ao ponto mais alto ali das redondezas. Pela carta seriam uns 3Km no máximo, mas a variação de algumas centenas de metros.
O caminho era bem mais longo do que parecia à primeira vista, depois de 1h30 a andar, resolvi conferenciar regressar à base e montar a tenda. Os outros 3 seguiram para o topo.
Para baixo todos os santos ajudam… eheheh… mas mal o sol se escondeu por detrás da montanha mais alta a temperatura começou a descer virtiginosamente. Quando os deixei estavam 18ºC e eu de t-shirt e gore-tex. Quando cheguei ao local onde tinha-mos deixado as mochilas o meu telemóvel marcava 3ºC. As minhas mãos estavam geladas… e montar a tenda sozinho foi obra. Depois disto e como já os via a regressar. Preparei o jantar (pasta liofilisada) na trangia soube a pato!!!
continuava de dia, mas o frio era tanto que mal acabamos de comer, saltamos para dentro da tenda, onde até nem se estava nada mal.
(a ver se não demoro outro ano a escrever novo post)
nossa ao andar é muito estranho;mas vc pega o jeito depois é so caminhar