Quando estava no ITP, demorava entre 15 e 20 minutos a pé de casa até ao trabalho e vice-versa. Pelo caminho não dispensava a musiquinha do meu iPod.
Quando me mudei para o IGFSE, passei a andar cerca de 10 minutos a pé mais 25 de metro. Esses 25 minutos era aproveitados por mim para colocar a leitura em dia. 45 a 50 minutos por dia equivalem a mais de um livro por mês.
Agora que estou no Tagus Park… vou de carro demoro entre 30 minutos (manhã) e 45 (tarde) o tempo é aproveitado ouvindo rádio. Sinto saudades da leitura, irrito-me ao volante com tantos artistas que ai andam, gasto uma pipa de massa em gasolina (que está pela hora da morte) e ando com a mania de gastar uma pipa ainda maior e fazer uma loucura que já me anda encravada há uns bons 4 ou 5 aninhos.
Mas regressando ao titulo.
Não dava o meu tempo por perdido quando ia a pé para o ITP (fazia exercicio) ou de metro para o IGFSE (lia)
Agora… o meu dia passou a ter apenas 22h e 45m. O que se trabalhar 11 meses deito fora mais de 11 dias por ano!!!
dá que pensar
Somos o país com menos mobilidade da Europa (menos pessoas que saem do país ou mudam de cidade) mas devemos ser (nunca vi nenhum estudo) aquele que perde mais horas a caminho do local de trabalho. É caricato.
Felizmente que cada um de nós tem a liberdade de fazer as escolhas que quer (mais de 18 anos?) e com os critérios que quer. Se por um lado as vezes podemos achar que o dinheiro é o mais importante (ou pelo menos está no top 5), por outro apercebemo-nos que as pequenas coisas da vida (como tempo) são preciosas.
Como diria o Andy Warhol: They say that time changes things, but you actually have to change them yourself.